segunda-feira, 22 de maio de 2017

Como cuidar de um filho autista

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  • Comece por você, se reeduque, pois daqui para frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora.
    Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de músicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas. Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos.
    Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos. Um exemplo disso: "Nossa, meu filho tá tão agressivo". Tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe lhe dizer que ele não quer mais vê-la chorando por ele.
    Você irá educar bem seu filho se aprender a conhecer o autismo "dele", pois cada um tem o seu próprio, mesmo que inserido em uma síndrome comum.
    Deverá aprender a respeitar o seu tempo, o seu espaço, e reconhecer mesmo com dificuldades que ele tem habilidades, e verá que no fundo elas são tão espetaculares!
    Você irá aprender a se derreter por um sorriso, a pular com uma palavra dita, e a desafiar um mundo inteiro quando este lhe diz algum não. Você começará a ver que com o tempo está adquirindo superpoderes, e que a Mulher-Maravilha ou o Super-Homem, não dariam conta de 10% do que você faz.
    Você tem o superpoder de estar em vários lugares ao mesmo tempo, afinal escola, contraturno, natação, integração sensorial, consultas, fono, pedagoga, ufa... Dar conta de tudo isso só se multiplicando e ainda se teletransportando!
    Você é a primeira que acorda e a última que vai dormir, isto é, quando ele a deixa dormir, e no outro dia está sempre com um sorriso no rosto ao despertar.
    Você faz malabarismos e consegue encaixar o salário da familia em tantas contas e coisas que precisa fazer, que só mesmo com superpoderes. Você nota que seu cérebro é privilegiado, embora nunca tivesse imaginado que dentro de você haveria um pequeno Einstein, pois desde o diagnóstico de seu filho, você já estudou: neurologia, psiquiatria, pediatria, fonoaudiologia, pedagogia, nutrição, farmácia, homeopatia, terapias alternativas, e tantas outras matérias.
    Você dá aula de autismo, ouve muitas bobagens em consultórios de bacanas, e ainda ensina muitos deles o que devem fazer ou qual melhor caminho a seguir para que seu filho possa se dar bem. Ah... E a informática que anteriormente poderia lhe parecer um bicho-de-sete-cabeças, a partir deste filho, você encarou e domina o cyberespaço como ninguém!
    São tantas listas de autismos, blogs, Facebook, Twitter ... Ih ... pesquisa no Google então, já virou craque, ninguém encontra nada mais rápido que você! Uma hora você verá o que essa "reeducação" proporcionou a você, pois hoje você é uma pessoa totalmente diferente do que era antes de ser mãe de um autista.
    Nossa como você mudou, hein? E topará com a pergunta que não quer calar: "Como devo educar meu filho autista?" Olhará ao redor, olhará para seu filho e perceberá que ele também está diferente, que ele cresceu, que já não é tão arredio, que as birras já não se repetem tanto, que ele até já lhe joga beijos! Que aquela criança que chegou solitária na escola, hoje já busca interagir, e já até fez algum amiguinho. Que ele já está aprendendo "jeitinhos" de se virar, e nem a requisita tanto mais.
    Então, chegará a conclusão que mesmo sem saber responder a tal pergunta, você tá fazendo um bom trabalho, e que ninguém no mundo poderia ser melhor mãe que você para esse filho! 
  • Fonte.https://familia.com.br/8748/como-cuidar-de-um-filho-autista

Dicas para Professores que trabalham com Autistas

Dicas para Professores que trabalham com Autistas

Miguel Higuera Cancino especialista em autismo há 30 anos, publicou seu livro “Mi hijo no habla” relatando as experiências com seu filho autista. Miguel é fonoaudiólogo com largo conhecimento sobre o espectro autista. Ele nos deixa 13 valiosas dicas aos professores que atuam com crianças autistas:
1 – Pedir às famílias um relatório dos interesses, preferências e coisas que causam desagrado a cada criança.
2 – Utilizar preferências e materiais de agrado para a criança na aula o no pátio para estabelecer um vínculo com a escola e as pessoas do ambiente escolar.
3 – Trabalhar por períodos curtos, de cinco a dez minutos, em atividades de complexidade crescente, incorporando gradativamente mais materiais, pessoas ou objetivos.
4 – Falar pouco, somente as palavras mais importantes (geralmente um autista não processa muita linguagem cada vez).
5 – Utilizar gestos simples e imagens para apoiar o que é falado e permitir a compreensão (os autistas são mais visuais que verbais).
6 – Desenvolver rotinas que a criança possa predizer ou antecipar (pela repetição e com o apoio de imagens que mostram o que vai ser feito no dia).
7 – Estimular a participação em tarefas de arrumar a sala, ajudar a entregar materiais às outras crianças, etc.
8 – Entregar objetos no canal visual. O adulto deve ter o objeto na mão diante dos olhos para que a criança possa pegar o objeto tendo o rosto do adulto dentro do seu campo de visão.
9 – Respeitar a necessidade de estar um momento sozinho, de caminhar ou dar saltos ou simplesmente perambular para se acalmar (pode ser utilizado como prêmio após uma atividade).
10 – Tentar conhecer as capacidades de cada criança para utilizá-las como entrada para as atividades de ensino (pintar, recortar, etc.).
11 – Evitem falar muito, muito alto e toda situação que envolva muito estímulo (pode ser até nocivo para a criança).
12 – Pergunte sempre como foi a tarde ou o dia anterior, a qualidade do sono ou se houver alguma alteração da rotina para se antecipar a estados emocionais de ansiedade. Em caso de ansiedade, procure utilizar elementos de interesse e preferência da criança, com menor exigência para não ter birras ou maior ansiedade.
13 – Em casos de birra, é importante ter algum conhecimento de técnicas de modificação de conduta (time out, desvio de atenção, etc.), mas a primeira dica é não se apavorar, tentar oferecer outros objetos e, no caso de não conseguir acalmar a criança, explicar à turma o que está acontecendo e desenvolver atividade com o grupo em outro lugar e dar a possibilidade da criança com TEA de se acalmar.

sábado, 26 de março de 2016

autistas têm direito-Rosyluzes


Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm direito a acompanhamento familiar, por isso é importante conscientizar os pais de que é possível, por meio de processos legais, reduzir a carga horária de trabalho sem perda salarial para que possam participar do tratamento de seus filhos. Existem artigos da Constituição Federal que garantem a aplicação de medidas para que os pais possam manter a rotina de acompanhamento dos tratamentos da criança com autismo, uma vez que pedir somente a redução de carga horária pode comprometê-la, já que conta com diversas terapias físicas e psicológicas que podem sair muito caro. Pela dificuldade encontrada pelos pais para enfrentar a situação do autismo, que ainda sofre muito preconceitos e é pouco entendido, pessoas com TEA e sua família têm garantido por lei o direito de utilizar todo o serviço da Assistência Social do município em que residem. Famílias que aceitam e entendem a deficiência podem ajudar muito mais no processo de tratamento da criança portadora do transtorno. É necessário lembrar que a pessoa com autismo é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais, possuindo todos os direitos previstos em leis específicas para pessoas com deficiência. Além disso, quando são crianças e adolescentes também possuem aqueles provenientes do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) – lei.8069/1990 – e, quando idosos, têm os direitos do Estatuto do Idoso (lei 10.741/2003). Conforme o ECA, é obrigação do Estado garantir atendimento educacional especializado a pessoas com deficiência – preferencialmente na rede regular de ensino. Caso o Estado não possa prestar essa educação especializada próxima à residência, os pais podem pedir administrativamente uma escola privada ou pública que tenha a educação especializada e próxima da casa onde reside a criança ou adolescente com TEA. A Seção Sindical do ANDES-SN na UFSC (ANDESUFSC) acredita na importância da luta pelos direitos das crianças com autismo e de seus pais, para que estes possam acompanhar o tratamento de perto e apoiar a criança em todos os estágios de sua vida. O presidente da entidade, Mauro Titton, ressalta que “todos os docentes podem contar com o sindicato para a busca deste direito legalmente. Os pais devem ser capazes de acompanhar o tratamento de seus filhos com TEA sem que sejam comprometidos no trabalho”. Fonte: ANDESUFSC

sábado, 27 de junho de 2015

Na dúvida? NOVA ESCOLA responde

Na dúvida? NOVA ESCOLA responde

Direitos dos Autistas

Direitos dos Autistas

Cartilha: Direitos da Pessoa com Autismo
Diretos das Pessoas com Autismo
cartilha da Defensoria Pública
do Estado de São Paulo
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10º Prêmio Orgulho Autista 2014/2015 revela vencedores

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