A idade de início faz parte dos critérios diagnósticos do autismo. Kanner sugeriu o caráter inato do autismo desde sua primeira publicação; porém o mesmo e Eisenberg observaram em seguida que essa síndrome podia aparecer mais tarde, depois de um desenvolvimento aparentemente normal no primeiro ou nos dois primeiros anos de vida. O limite foi fixado aos 30 meses, porém, é sempre difícil situar com precisão a idade exata de surgimento do autismo.
Os pais percebem os distúrbios quando tomam consciência de que o filho não atingiu um determinado estágio de desenvolvimento (aquisição da linguagem ou socialização) e somente a reconstituição precisa dos primeiros anos de vida pode revelar que os sintomas já estavam presentes mais cedo.
Alguns autores propuseram distinguir dois casos:
1) Os sinais que surgem desde o nascimento, quando os pais notam que a criança tem um "comportamento estranho", pois raramente chora, não necessita de estimulação nem de companhia, torna-se rígida ou mole quando é pega nos braços, e são freqüentemente descritas como "bebês fáceis". Por outro lado, podem ser muito irritáveis às vezes, e reagir exageradamente a todas as formas de estimulação;
2) Os pais descrevem um desenvolvimento normal até 18 ou 24 meses, quando notam os primeiros sintomas. É provável que os sinais clínicos não tenham sido notados pelos pais por serem muito moderados. Muitos estudos assinalam que o prognóstico é melhor definido quando os sintomas surgem mais tarde, o que sugere que não são reconhecidos inicialmente nas formas de menor gravidade.
OUTROS SINAIS MAIORES
As descrições clínicas mais recentes, descrevem o autismo em termos de parâmetros mais objetivos e mensuráveis, particularmente as respostas perturbadas aos estímulos sensoriais e os distúrbios do desenvolvimento.
Em certas classificações, esses elementos fazem parte dos sinais essenciais do diagnóstico e não dos sinais associados.
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